Confiança da construção sobe e marca maior nível desde meados de 2015
SÃO PAULO – Puxado pela melhora das expectativas, o Índice de Confiança da Construção subiu 0,7 ponto em março, alcançando 75,1 pontos, maior nível desde junho de 2015, quando atingiu 76,2 pontos, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na comparação com março de 2016, houve alta de 7,6 pontos.
“A melhora das expectativas indica uma percepção dos empresários de que o cenário de queda da atividade da construção não deve persistir por muito mais tempo. E essa redução do pessimismo já se reflete no indicador de emprego da Sondagem da Construção: a disposição de demitir nos meses seguintes tem caído continuamente. Embora isso ainda não tenha se traduzido em intenção de contratar, pode representar uma desaceleração do ritmo de queda no emprego. No entanto, enquanto a demanda insuficiente continuar sendo o principal fator limitativo à melhoria dos negócios, as demissões continuarão a superar as admissões”, afirmou, em nota, Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV-Ibre.
A alta da confiança em março deveu-se exclusivamente às perspectivas de curto prazo do empresariado: o Índice de Expectativas cresceu 1,7 ponto, para 87,8 pontos – o maior desde setembro de 2014 (88,4 pontos). Os dois quesitos que compõem este subíndice aumentaram, com destaque para o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que avançou 2,2 pontos, para 90,1 pontos.
O Índice da Situação Atual recuou pelo segundo mês seguido, em 0,2 ponto, ficando em 62,8 pontos.
A FGV também informou que aumentou a ociosidade no setor. O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da construção diminuiu 0,4 ponto em março, para 63%.
A sondagem de março coletou informações de 700 empresas entre os dias 3 e 24 do mês.
(Valor)