Advogado e economista pedem reformas de leis e permanência de Michel Temer
O ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola e o advogado Nelson Wilians defenderam reformas em leis brasileiras e a continuidade do governo Michel Temer (PMDB), em evento para empresários e advogados nesta sexta-feira (19/8). O chamado almoço-palestra ocorreu no restaurante Figueira Rubaiyat, em São Paulo, e foi promovido pelo escritório Nelson Wilians & Advogados Associados e pela Global Business Group.
Para Loyola, que comandou o Banco Central nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, o presidente interino tem promovido o “desaparelhamento” do Estado e escalou uma equipe “fortemente comprometida” com mudanças na política macroeconômica. Segundo ele, a crise brasileira ocorreu por erros na gestão Dilma Rousseff (PT), e não por situações internacionais.
O economista disse que Temer “tem gosto pela política”, enquanto a presidente afastada tinha desinteresse em dialogar com membros do Congresso.
Apesar dos elogios ao atual governante, Loyola afirmou que ele errou ao reajustar salários para camadas do funcionalismo público, em cenário orçamentário complicado, e ainda precisa aprovar reformas na Previdência e limites de gastos para o setor público.
Nelson Wilians defendeu reformas trabalhistas e tributárias e disse que, se oimpeachment for reconhecido e Temer cumprir a promessa de não concorrer à reeleição em 2018, o presidente terá condições de tomar “medidas impopulares”, mas necessárias.
O advogado afirmou, por exemplo, que a legislação trabalhista deve ser revista, pois protege muito o empregado e permite “aventuras jurídicas”. “Essa legislação é de uma época em que a grande maioria do país era ignorante. Ainda temos muito a evoluir, mas já podemos flexibilizar regras.”